Com a melhora nas condições da pandemia de Covid-19 e a retomada do turismo, um tema ganhou destaque entre os viajantes: a sustentabilidade. O turismo sustentável tem como objetivo conhecer um destino e ao mesmo tempo ajudar a proteger os seus recursos naturais e culturais.
O Alentejo, maior e mais autêntica região de Portugal, se preocupa em oferecer práticas sustentáveis que enriqueçam as experiências de seus visitantes, em especial nas trilhas (caminhada e ciclismo) e no enoturismo da região.
Trilhas
Uma das trilhas que se destaca no quesito turismo sustentável é a Rota Vicentina. Ao longo dos seus 350 quilômetros, a trilha percorre caminhos junto ao mar e promove a criação de uma rede que garante a sustentabilidade econômica, social, cultural e, sobretudo, ambiental.
Entre os exemplos está a recuperação de antigas casas de pescadores locais que se transformaram em atividades comerciais, como restaurantes e hotéis para receber os peregrinos. O mesmo acontece em diversas vilas e aldeias ao longo da rota que está dividida entre a Trilha dos Pescadores e o Caminho Histórico.
Enoturismo
No início de 2022, o Alentejo recebeu uma importante distinção do jornal norte-americano New York Times. O destino foi incluído na lista “52 Places for a Changed World” (“52 lugares para um mundo transformado”, em tradução livre), que selecionou os destaques ao redor do mundo onde os viajantes podem ser parte da solução para o planeta.
Desde 2015 o Alentejo tem o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo, com medidas que priorizam a conservação de água e ajudaram as herdades a reduzir o consumo de água em 20%. Algumas, que utilizavam 14 litros de água para produzir um único litro de vinho, diminuíram esse número para 6 litros.
A maioria das vinícolas do Alentejo tem iniciativas para melhorar o relacionamento da produção com o meio ambiente, e muitos também investem em práticas orgânicas e biodinâmicas, aproveitando tudo que a natureza oferece para garantir vinhos mais naturais e ímpares.