A fascinante e arrepiante Capela dos Ossos de Évora

Além das belezas naturais, o Alentejo é uma região repleta de construções inusitadas. Uma das mais famosas e intrigantes é a Capela dos Ossos de Évora, uma capela feita toda de ossos e crânios humanos. Assustadora e fascinante, este monumento figura entre os mais populares de Portugal.

A Capela dos Ossos de Évora não é a única deste estilo no país, são cinco nas regiões do Algarve e Alentejo. Mas, sem dúvidas, a de Évora é a maior e mais conhecida das capelas ósseas portuguesas.

Aliás, esse tipo de construção é bem comum na Europa e existem ha séculos. No passado, os cemitérios eram muito menores e era normal a prática de exumar restos mortais anos após o enterro para que outros pudessem ser enterrados no mesmo local. Com isso, a exibição de ossos e crânios tornou-se comum.

Localizada na Igreja de São Francisco, a Capela dos Ossos de Évora foi construída no século 17 por iniciativa de três monges franciscanos, para que os locais pudessem refletir sobre a transitoriedade e fragilidade da vida.

As paredes, colunas e teto desta capela estão revestidos de milhares de ossos e crânios, e até dois esqueletos completos, retirados de cemitérios locais. Estima-se que sejam cerca de 5 mil as caveiras humanas no local.

Além dos ossos, a capela também é decorada com estátuas religiosas, uma pintura renascentista e um teto abobadado, com afrescos que representam várias passagens bíblicas.

Logo na entrada, os visitantes se deparam com uma mensagem que diz “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”; e na saída, há um painel de azulejo com uma obra do arquiteto Siza Vieira que contrapõe à alusão da morte ao milagre da vida.

Outras capelas ósseas no Alentejo

Localizada junto à Igreja Matriz de Campo Maior, esta capela óssea é a segunda maior do país, depois de Évora. Foi construída em 1766 com os ossos das vítimas de uma grande explosão acidental que matou cerca de dois terços dos moradores locais.

Capela dos Ossos de Monforte

Já a Capela dos Ossos de Monforte é considerada a menor de todas capelas ósseas de Portugal. Construída no século 18, está junto à Igreja Matriz da cidade e o seu interior está repleto de crânios e ossos humanos. Ao centro, um pequeno altar convencional decorado com velas e imagens religiosas.

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