O Alentejo, maior região de Portugal e situada ao sul de Lisboa, possui inúmeros vestígios da época em que o Império Romano ocupou a área. A marca deste povo está na cultura e nas tradições locais, como é o caso da produção do milenar vinho de talha.
Conhecido por seu paladar encorpado e intenso, o vinho de talha é uma bebida produzida seguindo conhecimentos milenares, passados de geração em geração há mais de dois mil anos sem sofrer quase nenhuma modificação com o tempo.
Agora, a famosa iguaria ganhou uma rota turística, a ‘Rota do vinho de talha’, que passa por 22 municípios alentejanos que se uniram para promover esta técnica milenar e potencializar seus territórios.
Fazem parte da rota os municípios de Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Arronches, Borba, Beja, Campo Maior, Cuba, Elvas, Estremoz, Évora, Ferreira do Alentejo, Marvão, Mora, Moura, Mourão, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Santiago do Cacém, Serpa, Viana do Alentejo e Vidigueira.
A rota é ideal para os turistas que desejam participar de um programa especial dedicado ao vinho. O roteiro contempla visitas a adegas, restaurantes, alojamentos e espaços museológicos associados ao ancestral vinho de talha no território.
Há várias maneiras de produzir o vinho de talha, mas o elemento mais importante e que é comum a todas é o uso da talha, grande vaso de barro que pode chegar a dois metros de altura, como recipiente para a fermentação.
Recentemente, a produção do vinho de talha foi submetida a uma candidatura a Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco e aguarda a sua nomeação. Além disso, a bebida também aguarda a inscrição no Inventário Nacional do Patrimônio Cultural Imaterial.
O Alentejo é um destino imperdível quando o assunto é vinho. Esta é uma das principais regiões vitivinícolas do mundo, com muitos rótulos premiados, variadas vinícolas e formas diferentes de preparo, que traduzem toda a tradição centenária de se produzir a bebida.