Durante a romanização da Península Ibérica, o Alentejo foi uma importante região provedora de trigo para Roma. Por isso, os vestígios dessa antiga civilização são evidentes, acrescentando mais charme e história a seus pequenos vilarejos e cidades.
O período romano na maior região portuguesa teve início no século 2 a.C. e prolongou-se até a queda do Império, no século 5. Um dos monumentos ícones desta dinastia é o imponente Templo Romano, localizado no coração de Évora. Parte de suas muralhas, mais conhecida como a Cerca Velha, carrega herança desse povo antigo, como a Porta de D. Isabel e a Casa dos Burgos que possui uma domus romana encravada no seu subsolo.
O Museu de Évora abriga uma vasta coleção deste tema. Vale destacar a estátua de um “sileno” e fragmentos recém-descobertos de uma mão feminina segurando um fruto. Já as Termas Romanas foram encontradas durante as obras na Câmara Municipal de Évora, em 1987. Outro complexo termal encontrado em Vila Romana de Tourega conta com 500 metros quadrados e diversas salas e tanques de banho.
As evidências não se limitam à capital alentejana. Nos arredores de Marvão, os vestígios romanos estão por toda parte, como as Civitas de Ammaia, a ponte de Vila Formosa, a vila de Torre de Palma e o Núcleo Museológico da Igreja da Madalena. Na região de Beja, observe os detalhes da ponte de Vila Ruiva, a vila de S. Cucufate e Casa do Arco, além das Portas de Évora e de Avis, os gigantescos capitéis junto ao Museu Regional da cidade e o Núcleo Museológico Romano.
Outras cidades também comprovam o legado romano, como a vila de Pisões em Penedo-Gordo; o Museu da Lucerna, em Castro Verde; e o Núcleo Museológico Romano, em Mértola.
No litoral alentejano, descubra a Estação Arqueológica de Miróbriga, em Santiago do Cacém, e a Cripta Arqueológica do Castelo, em Alcácer do Sal. Esta última está localizada no subsolo do antigo Convento de Aracoeli, atual Pousada D. Afonso II, e contém ruínas de habitações da Idade do Ferro, além de um importante santuário romano do século 2 d.C.