Explore a riqueza histórica e cultural do Alentejo

O Alentejo é uma região com uma rica história, que recebeu diversas influências ao longo dos séculos. Desde os monumentos megalíticos pré-históricos até as influências romanas, árabes e medievais, a região testemunhou várias mudanças. Os descobrimentos portugueses e o Renascimento também deixaram sua marca. Hoje, o Alentejo é conhecido por sua paisagem deslumbrante, culinária e hospitalidade, atraindo visitantes de todo o mundo. Explore um pouco mais da riqueza histórica e cultural do Alentejo. 

Origens 

Cromeleque dos Almendres

Para embarcar em uma jornada pela história e cultura do Alentejo, é essencial explorar suas galerias ao ar livre, nas quais a história se escreve nas pedras. Comece a aventura na região de Évora, onde você irá se deparar com a Anta do Zambujeiro e sentirá a aura mística do Cromeleque dos Almendres, um dos mais significativos monumentos megalíticos da Europa, composto por 95 monólitos que guardam histórias de divindades ancestrais.

Seguindo até Monsaraz, você poderá visitar o Cromeleque de Xerez e os menires do Outeiro, Bulhoa, Barrocal e Monte da Ribeira. Mais ao norte, na Aldeia da Mata, a imponente Anta Grande do Tapadão espera para revelar seus segredos, enquanto na Serra de São Mamede, o majestoso Menir da Meada impressiona como o maior da Península Ibérica.

Legado romano 

Templo Romano de Évora

Com a chegada dos romanos, o Alentejo tornou-se um importante centro urbano e agrícola. Na encantadora paisagem da Serra de São Mamede, a poucos minutos do Menir da Meada, encontra-se um dos mais importantes vestígios romanos da região: as ruínas da cidade de Ammaia. No entanto, o legado romano se estende por todo o Alentejo.

Em Monforte, é imperdível visitar a Villa de Torre de Palma e apreciar os bem-preservados mosaicos retratando musas e cavalos. Seguindo os vestígios da antiga estrada que conectava Mérida e Lisboa, você atravessará a ponte romana de Vila Formosa e chegará a Évora. O Templo Romano é o símbolo máximo da cidade, mas a muralha, as termas, o arco de D. Isabel e a Casa de Burgos também contam histórias valiosas.

Ruinas de Miróbriga

Ao sul, explore a vila de São Cucufate e a Casa do Arco, e faça uma parada em Pax Julia, hoje conhecida como Beja. Dos arcos romanos à muralha, passando por um raro busto de Júlio César, há muitas maravilhas a serem descobertas. No litoral, em Castro Verde, as luzes do Museu da Lucerna brilham intensamente, enquanto em Miróbriga, não deixe de admirar o fórum, as pinturas murais e as termas excepcionalmente preservadas. Ao norte, encerre sua jornada explorando as ruínas de Tróia, outrora o maior centro de salga de peixe do Império Romano.

Herança árabe 

Antiga mesquita convertida na Igreja Matriz de Mértola

Os 500 anos de ocupação árabe deixaram uma marca permanente na história do Alentejo, refletida em palavras como azenha, arroz, azeitona, azeite, javali e açorda, que permeiam a agricultura e a culinária da região. Na arquitetura, termos como atalaia destacam a importância dos árabes na construção de castelos e igrejas fortificadas.

Mas é nos nomes das aldeias, vilas, cidades e locais que a influência árabe se revela de forma mais evidente: Alcácer do Sal, Beja, Elvas, Marvão, Monsaraz, Odemira, Serpa e muitos outros. Em Mértola, às margens do Guadiana, a herança árabe atinge seu ápice, com destaque para a mesquita (hoje convertida em igreja matriz), o Museu e o Festival Islâmico.

Defesa e expansão do reino 

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Castelo de Monsaraz

À medida que as vozes mouras se dissipam, a história continua com o surgimento do idioma português no Alentejo. A necessidade de reconquistar e defender o reino resultou na construção de imponentes castelos e vilas fortificadas que ainda pontuam a paisagem, como a vila-fortaleza de Marvão, as torres de menagem de Estremoz e Beja, a ermida-fortaleza de Terena e o Castelo de Monsaraz.

Além das muralhas, novos horizontes se abriam para Portugal com os descobrimentos. A reconquista cristã trouxe consigo uma nova era de desenvolvimento, com a fundação de vilas e cidades fortificadas, além da presença judaica que contribuiu significativamente para a cultura e economia da região. É essencial explorar o patrimônio judaico em locais como Alcácer do Sal, Castelo de Vide e Évora.

Era dos descobrimentos e do renascimento

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Paço Ducal de Vila Viçosa

Entre os séculos 15 e 18, os descobrimentos colocaram Portugal no mapa mundial e o Alentejo desempenhou um papel crucial nesse período de expansão marítima, fornecendo recursos e talentos para as grandes navegações. É impossível ignorar o legado de Vasco da Gama em Sines, Évora e Vidigueira, locais que celebram a vida deste grande navegador português.

Nesse período, a região enriqueceu com influências globais. Igrejas, conventos, aquedutos imponentes e palácios majestosos foram construídos, enquanto a arte florescia em diversos estilos, destacando-se o manuelino, presente em vilas como Alvito e Viana do Alentejo, e cidades como Elvas e Évora. Um dos pontos altos do Renascimento português é o Paço Ducal de Vila Viçosa.

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