Já há alguns anos, o turismo macabro vem ganhando o interesse de muitos viajantes, que buscam por lugares historicamente associados à morte e à tragédia, repletos de mistério, coisas bizarras e fenômenos sombrios. O tema é tão interessante que até a Netflix fez uma série, que percorre o mundo mostrando atrações estranhas que atraem milhares de turistas.
Entre as atrações famosas do turismo macabro estão as Catacumbas de Paris, o Castelo do Drácula e a Torre de Londres. E, no Alentejo, em Portugal, não faltam lugares sinistros e inusitados para visitar. O mais famoso monumento do turismo macabro do Alentejo é a Capela dos Ossos, localizado em Évora.
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Esta pequena capela do século 16, localizada dentro do Convento de São Francisco, está na lista de muitos viajantes que visitam o destino. A capela é famosa por ter suas paredes, pilares e teto decorados com milhares de crânios humanos. Estima-se que existam mais de 5 mil crânios decorando a capela, muitos dos quais foram desenterrados dos cemitérios da cidade.
Para reforçar a mensagem sombria do local, o monumento que representa a transitoriedade da vida tem sobre sua porta de entrada a inscrição: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. A cerca de uma hora dali, em Monforte, há outra construção deste tipo, mas, consideravelmente menor. Situada junto à igreja matriz da vila, é igualmente interessante e sinistra.
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Já a Capela dos Ossos de Campo Maior, quase na fronteira com a Espanha, é quase tão grande quanto a de Évora. Ela foi construída no século 18, após uma tragédia da cidade em que cerca de dois terços da população padeceram. Os ossos utilizados eram das vítimas desta fatalidade.
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Próximo da cidade de Évora, o Castelo de Estremoz ergue-se no alto de uma colina. Hoje, ele abriga uma pousada elegante, mas há uma história sombria que remonta à Guerra Civil de Portugal (século 19), quando mais de 30 prisioneiros foram assassinados pelas mãos da população e parte do exército absolutista. O ocorrido ficou conhecido como o “Massacre do Armazém”.
Outro lugar repleto de mistérios e marcado por tragédias são as Minas de São Domingos. Apesar do poço da mina estar inundado, o local recebe cada vez mais turistas curiosos sobre seu passado. Hoje, a antiga sede da mineradora, do ano de 1875, foi convertida em um hotel. O local ainda possui um museu e arquivo, instalados na antiga casa do mineiro.
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Elvas é famosa pelas suas enormes fortificações que circundam a cidade. As fortificações bem preservadas, localizadas na fronteira com a Espanha, são testemunho de uma longa e sangrenta história. O local foi alvo de ataques constantes do país vizinho e serviu de cenário para diversas batalhas durante as Guerras Napoleônicas. Ainda hoje, o acesso à cidade é feito por três portões maciços com dois fortes em forma de estrela.
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A cidade perdida de Ammaia já foi um centro movimentado na época romana. Construída no século 1 d.C. e completamente destruída pelos bárbaros dois séculos depois, ficou perdida durante milhares de anos e redescoberta no século passado, durante escavações na década de 1950. Suas ruínas são um testemunho silencioso de que os oceanos se elevam e os impérios caem.
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Moura é uma vila encantadora, mas seu brasão é macabro, com uma pessoa morta aos pés de uma torre. Diz a história que, em 1166, uma princesa mourisca se jogou da torre para a morte ao ver sua cidade ser tomada pelos cristãos que haviam assassinado o seu noivo em uma emboscada. A torre ainda está de pé e a cidade ainda se apega à história sombria da princesa que estampa o brasão de Moura.